N. P. LEMCHE (n.1945) é Professor Emérito da Universidade de Copenhaga, onde lecionou Old Testament Studies. Co-fundou e é editor do Scandinavian Journal of the Old Testament. É autor de duas dezenas de livros, entre os quais se destacam The Israelites in History and Tradition (1998) e The Old Testament Between Theology and History (2008), e ainda centenas de ensaios e capítulos de livros.
Face ao «colapso da história», i.e. da historicização da Bíblia, Lemche tem vindo a privilegiar uma abordagem histórico-crítica mobilizando ampla panóplia de métodos e disciplinas – arqueologia, antropologia, sociologia, linguística, crítica literária… – assim lançando uma nova luz sobre a realidade do Levante antigo, com notável alcance para a compreensão da história da região e da natureza do Antigo Testamento. Lemche integra a «Escola de Copenhaga», designação que congrega académicos desta universidade (ele, T. L. Thompson, entre outros) e ainda de Sheffield (como P. R. Davies e K. W. Whitelam), cujas posições foram qualificadas de «minimalistas». Apesar da diversidade de percursos de investigação, interesses e estilos, estes autores privilegiam a leitura histórica com base nos registos arqueológico e epigráfico não subordinada a construções mítico-religiosas, através de forçadas e retóricas conciliações. Desta démarche resulta uma história da região muito diversa da narrativa bíblica e das histórias que parafraseiam a mesma. Alicerçada em robusta análise linguística e literária, a perspectiva adotada põe em evidência como o período persa e helenístico constituem a «matriz mental» na base da formação do Antigo Testamento. Liberto o Antigo Testamento do fardo historicista, readquirem relevo a dimensão propriamente religioso-poética da palavra e a perspectiva teológica. Com efeito, a nossa concepção contemporânea de história é incomensurável com a história bíblica; a história bíblica não concerne a formação e transformação de impérios, reinados, povos, culturas e paisagens; a história bíblica é o quadro em que se ocorre a revelação divina; o seu sentido é religioso-poético. Em The Old Testament Between Theology and History, magistralmente, o autor percorre as posições de diversas escolas teológicas ao longo da história até aos nossos dias e a fundo explora os pontos de encontro e de bifurcações com a história.
(un)common ground investiga a inscrição artística e cultural do conflito que opõe autóctones e colonos quanto à pertença, posse, controlo e poder no território de Israel/Palestina, constituindo o palco e objeto da disputa. www.unground.pt
Face ao «colapso da história», i.e. da historicização da Bíblia, Lemche tem vindo a privilegiar uma abordagem histórico-crítica mobilizando ampla panóplia de métodos e disciplinas – arqueologia, antropologia, sociologia, linguística, crítica literária… – assim lançando uma nova luz sobre a realidade do Levante antigo, com notável alcance para a compreensão da história da região e da natureza do Antigo Testamento. Lemche integra a «Escola de Copenhaga», designação que congrega académicos desta universidade (ele, T. L. Thompson, entre outros) e ainda de Sheffield (como P. R. Davies e K. W. Whitelam), cujas posições foram qualificadas de «minimalistas». Apesar da diversidade de percursos de investigação, interesses e estilos, estes autores privilegiam a leitura histórica com base nos registos arqueológico e epigráfico não subordinada a construções mítico-religiosas, através de forçadas e retóricas conciliações. Desta démarche resulta uma história da região muito diversa da narrativa bíblica e das histórias que parafraseiam a mesma. Alicerçada em robusta análise linguística e literária, a perspectiva adotada põe em evidência como o período persa e helenístico constituem a «matriz mental» na base da formação do Antigo Testamento. Liberto o Antigo Testamento do fardo historicista, readquirem relevo a dimensão propriamente religioso-poética da palavra e a perspectiva teológica. Com efeito, a nossa concepção contemporânea de história é incomensurável com a história bíblica; a história bíblica não concerne a formação e transformação de impérios, reinados, povos, culturas e paisagens; a história bíblica é o quadro em que se ocorre a revelação divina; o seu sentido é religioso-poético. Em The Old Testament Between Theology and History, magistralmente, o autor percorre as posições de diversas escolas teológicas ao longo da história até aos nossos dias e a fundo explora os pontos de encontro e de bifurcações com a história.
(un)common ground investiga a inscrição artística e cultural do conflito que opõe autóctones e colonos quanto à pertença, posse, controlo e poder no território de Israel/Palestina, constituindo o palco e objeto da disputa. www.unground.pt