J. BUTLER (n.1956), é filósofa, uma das mais importantes pensadoras do feminismo e da teoria queer e é professora do Departamento de retórica e literatura comparada da Universidade da Califórnia em Berkeley. A partir de 1988 dedicou a sua investigação em torno da performatividade e dos problemas de género. Militante e activista LGBTQ, publicou livros fundamentais sobre os limites discursivos do «sexo» integrando na sua análise a intercessão crítica de autores como Sigmund Freud, Simone de Beauvoir, Julia Kristeva, Jacques Lacan, Luce Irigaray, Jacques Derrida e Michel Foucault. A vasta recepção da sua obra, onde se contam títulos como Gender Troubles (1990; Problemas de Género); Bodies that matter (1993; Corpos que Importam) tem contribuído para o desenvolvimento dos estudos culturais no campo da psicanálise, da literatura e do cinema. Com Precarious Life, The Powers of Mourning and violence (2004) inaugura a vertente de filosofia política que se irá centrar, mais recentemente, na filosofia judaica e, em especial, nas críticas pré-sionistas e sionistas da violência estatal Parting Ways (2013; Caminhos Divergentes). Em 2012, é agraciada com o Prémio Theodor W. Adorno da cidade de Frankfurt am Main.

(un)common ground investiga a inscrição artística e cultural do conflito que opõe autóctones e colonos quanto à pertença, posse, controlo e poder no território de Israel/Palestina, constituindo o palco e objeto da disputa. www.unground.pt

Judith BUTLER, «Pertenço-lhes, simplesmente», Recensão de Hannah Arendt, Jewish Writings [Escritos Judaicos], trad. L. Lima, Lisboa, KKYM+P.OR.K, 2021. [ibook] [kindle]